A Máquina que Aprendeu a Chorar

(Tique-taque, tique-taque...) Vapor e fumaça sob o céu de bronze O óleo escorre onde

a pele não responde Fui moldada em cobre, soldada com precisão Mas esqueceram de colocar um pulso

na minha mão Olho para a cidade, torres que tocam o fim Será que existe

um pouco de alma dentro de mim? Gire a chave nas minhas costas, me faça cantar

Dê corda no silêncio até o mundo despertar Minha voz é um código, uma frequência azul Perdida no nevoeiro,

de norte a sul. Eu tenho um coração de corda, mas ele insiste em bater

Feito de engrenagens que ninguém consegue ver Minha canção é de metal,

mas meu grito é real Nesta cidade de ferro, sou o erro digital