Olhos que Leem Almas

Sentada sozinha naquele canto esquecido da praça de alimentação, percebi algo que ninguém mais via.

Enquanto todos corriam de um lado para o outro, presos em conversas vazias e telas brilhantes,

eu enxergava a verdade escondida nos detalhes. A mão trêmula segurando o café revelava ansiedade.

O sorriso forçado escondia solidão. Cada gesto era uma confissão silenciosa. Meus olhos captavam

o que as palavras nunca diriam. E ali, invisível no meio da multidão,

eu me tornei testemunha dos segredos que todos carregam mas ninguém ousa compartilhar. A solidão me ensinou

a ler almas.